terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mea Culpa

Foi inquieto nesta madrugada que resolvi que faço o que quiser do meu humor. Resolvi também que precisava escrever, então tirei uma folha de um caderno, testei cinco ou seis canetas das quais duas pegaram, peguei a recém descoberta (e incrível) bolacha de banana, um bloco de sulfite para apoio e aqui estou eu, estragando a minha escovação dentária pré-dormir com um ritual de uma noite só.
Isso porque escrevo com a bolacha e como canetas. Confio mais no que de maior número, preferindo escrever mais do que comer mais.
Deus pode estar me armando crimes para me afastar do objetivo principal, ou me superar novamente. O problema de se competir abstratamente, ainda mais com algo metafísico, é que nunca se sabe quem está na frente.
Se esse papo de Deus é confuso para você, explico:
Fernando Pessoa, um dia (que bom), olhou para o retrato de Camões e disse que seria melhor poeta que ele.
Eu, outro dia, olhei para o teto e disse que seria melhor humorista que Ele.
Desde então, competimos, apesar Dele, injusta e historicamente , ter começado antes.
Sem rancor, não foi Sua culpa, mas também não precisava acabar com a tinta e nem com a bolacha.