quarta-feira, 31 de agosto de 2011

anagrama do silêncio

e eles não me julgam.
e eles não me chamam,
errado, incerto, incorreto.

o inverno são os outros:
galhos secos, amargos,
que ferem sem saber.

o interno são os outros:
vasos cheios, lisos,
fracos por suas mãos.

da cabeça pra dentro,
A.V.A. - cala-se.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Salvo Rascunho

Nada deixa de fluir
em plena constância:
a aflição da perda
pausa o que se ganha.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

despedida

boa sorte é pouco,
deselho-lhes boa vida.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

carretel

entre chaves
perco a porta

espinho o caminho
zelo o espelho

nada esperar
não-liberdade

liberdade e
seus seguidores

feios retratos
raros tatos

copos vazios
falsos incêndios

glória ilusória
beijo amargo

novas migalhas
de espera, mas não.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

in-deusa

não vou
!exaltar!

W. dá suas ordens
fracas e sem sentido.

Não sei o que faço
com esse amargo
fruto ócio.

________Espero-me na
saída.
32-.23.423.12-332.211

Agora já me falta aquilo,
Agora me resta fazer aquilo
pra que aquelas coisas
permaneçam.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

hoje me acordei

hoje me acordei
em vontade de você.
fechei meus olhos,
esperando seu toque.
fechei meus olhos,
esperando que abrisse
com os seus fechados,
em mim.

hoje me acordei
cedo demais
e a primeira sina,
o dia me deu,
sendo seu desejo.

hoje o dia me espera
com amor e saudade
de sol a lua.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Das Sombras

Das Sombras: o simples.
Engana-se quem acredita
no simples das sombras.
Engana-se sobre o simples.

Das Sombras: o vazio.
Fotografias espalhadas
de árvores, folhas, galhos,
mas nada de sombras.

Das Sombras: o puro.
Não haveria de existir
objeto sem uma sombra,
sem a sua sombra.

Das Sombras: o apoio.
Deita-se em suas costas
todo o peso da matéria.
Das Sombras, o dia.