sexta-feira, 28 de setembro de 2012

nada de chá

chove à janela dos amantes
e venta aqui dentro.
às fotos apenas pensadas
da cama e seus transeuntes

e eu velejo em ônibus
delirando a vista com hipóteses

- se toda casa tivesse um cão
para os olhos do passageiro

almoço com meu pai,
estou zonzo, o chão me enoja
preciso voltar ao mar de sua cama

o amor é uma vida por dois


e contra o caos que me espera
às portas sem chave do lar tormentado
- se eu ficar seguro, posso ficar inseguro