felicidade não é tão importante.
um amigo me perguntou:
- feliz?
respondo no máximo com a boca, soprando um ar que dá som ao tremer o beiço sobressaído aos lábios: não faço ideia
felicidade não é tão importante
o que importa é que vivo
e vejo que o cada dia se inspira e se respira
se fluo demais me enlouqueço
se labirinto o vento que passa em mim por mim
me naufrago em ser demais
o que é ser eu?
respondo no máximo com a boca, soprando um ar que dá som ao tremer o beiço sobressaído aos lábios: não faço ideia
enquanto caminho sem rumo ao destino intermediário como todos os fins de ir
felicidade não é tão importante
mas desde que não me há mãe viva
sinto o vazio em uma parte que não se pode labirintar
o vazio em uma parte que enlouqueço
e que preencho derramando ser
e me naufrago impassível de meio termo
o impassível ao ser é exato a impossível
quando enfim coleto
o que tinha transbordado
o que era insano
não posso juntar e me servir de remanescências
eu mal amo
mas sigo leve por chances a todas as direções do vento
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