sábado, 17 de julho de 2010

cinco voltas e meia

o roxo crescia
em tons distintos
e parecia querer contaminar todo o céu

abaixo a fábrica vivia
o amanhecer deixa tudo belo
e o que já é belo ainda mais

pássaros gatos e
risadas eufóricas
brincam entre si

e sem querer
ecoam, o céu os contém
abaixo de si

as folhas balançam
calmas e como poesia
mas todos dormem
ou fazem café

tristes elas param
à tarde e balançam
como idiotas sob o sol

o frio me senta
e me abraço ao mais puro calor
esperando o amanhecer virar dia
pra que eu deixe de ser tão pequeno
e tome um fôlego de ilusão
pra continuar.


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