domingo, 27 de maio de 2012

today never knows

era uma dessas noites vermelhas, ou amarelas,
que a gente não vê na novela ou cinema,
porque todos os poetas, menos os menores,
 aceitam que nelas não há poesia,
se nem tristeza ou alegria,
que beleza se encontraria?

você me dizia que há saída, ou mais de uma,
que dá pra fazer, que é só esquecer
a agonia de viver na desarmonia
da dualidade do ser.

 mas eu quase não acredito, ou não acreditaria,
não fosse o sonho da noite seguinte, mentira,
do dia. Que dia,

não fosse o cansaço, ou qualquer traço
de só, de sol, de dó, de noite escura,
eu teria a ventura de ficar,
mas não há meio, não há modos,
não há maneiramanhã é segunda-feira, e depois não é mais.

Eu não sei se quero paz,
ou se peço por mais
tempestade.

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